Você há de convir que superamos o enquadramento entre pessoas por uma classificação
de gênero. O que pode o gênero feminino e o gênero masculino, que papeis cabem a
cada um...isso definitivamente ficou no passado. "Se Deus é menina e menino, sou
masculino e feminino", não é Ney?
A questão toda é o indivíduo, centro desse debate.
Não há papeis de homem, de mulher, de gays e de trans. Há indivíduos que têm talentos
diferentes, amam de formas diferentes (indivíduos diferentes), com visões de mundo
diferentes.
Vimos um mundo - não faz muito tempo não - em que mulher lava a louça, homem usa
calça e não tem vaidade, mulher usa saia - ok, pode pintar o cabelo, gays "por favor
sejam discretos", trans "não agridam a minha família", criança espera o adulto falar e
velho só dá trabalho. Em que o negro é o pobre e excluído e o deficiente o coitado.
Já deu.
Está todo mundo no mesmo barco, mas agora, escolhendo o barco e nem vou falar aqui
em direitos iguais porque até isso acho que é meio óbvio. Direitos e deveres iguais é
constitucional, individual e subjetivo é problema de cada um.
Trata-se do entendimento e aceitação do indivíduo como um ser complexo,
incrivelmente sábio para caber dentro de um check list de "isso você pode e isso você
não se encaixa".Se a gente pensar bem supera as questões de gênero. Eu vou compor a
Andréia de acordo com minha bagagem de vida, crenças, valores, desejos e outras
referências que fazem de mim ÚNICA.
Essa unicidade se contempla no endereçamento da verdade absoluta e exclusiva, sob
medida.
Como dizer Trans; Gay; Mulher; Homem, a cada momento da vida a gente se
molda.
Para mim, é claro que o debate é necessário para conquistarmos - olha o cúmulo - a
liberdade de sermos quem somos.
De qualquer forma para completarmos essa discussão que vai longe, deixei um texto
para reflexão.
Pós-Genero é uma categoria que me agrada. Se eu pudesse inventar uma categoria eu
diria Free Individual.
É gente demais querendo controlar aquilo que somos.
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