Ser triste e pessimista dá muito trabalho!

Na última semana passei por um dia ruim. Naquele momento, inconscientemente, decidi: vou me dar o direito de ter um dia ruim com tudo que ele tem direito. Motivo não faltou: problema de saúde, acreditar que não tem mais jeito, me colocar no papel de vítima – que convenhamos tem hora que é uma delícia...

Resignei-me, desabafei no Facebook, e pensei em voz alta: “eu num dia ruim desses e ainda estou trabalhando?”. Opa; essa frase me deu um primeiro estalo de lucidez! Naquele raro momento do dia em que me vi “lúcida”, fui consultar meus amigos e sua postura unânime “otimismo”. Rapidamente agi: “nada vai ESTRAGAR o meu PÉSSIMO DIA”. Segui forçosamente a rotina de um dia triste: comi Miojo, desabafei chorando, perdi a paciência com a minha mãe... e nunca fui tão produtiva no trabalho.

Opa 2: Produtividade não combina com esse estado de espírito! É, definitivamente não adianta insistir: Eu não combino com esse estado de espírito! Então fui à luta para entender tal fenômeno: por que ser triste e pessimista dá tanto trabalho? As respostas são simples: 1) para os médicos, pessoas bem-humoradas e felizes têm menos chances de adoecer: "Elas vivem mais e mesmo quando estão doentes se recuperam mais rápido", afirma o médico Bráulio Luna Filho, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). "Quem está de bem com a vida tem menos chances de desenvolver qualquer tipo de distúrbio e doença, não só a hipertensão, como gastrite, hipercolesterolemia (excesso de colesterol) e até câncer", diz a nutricionista Priscila Rosa Belpiede, do Movere Núcleo de Atividades Esportivas.

2) Não pára por aí: um artigo publicado recentemente no jornal Current Directions in Psychological Science revisou diversas pesquisas para determinar se é verdade que o otimismo é benéfico para a saúde. A conclusão do pesquisador Anthony Ong, da Universidade de Cornell (EUA) é que emoções positivas podem ser antídotos poderosos contra estresse, dores e doenças. Ele especula que as pessoas mais felizes são aquelas que têm uma atitude pró-ativa em relação ao envelhecimento ou que evitam comportamentos pouco saudáveis, ou seja, fazem exercícios regularmente, não fumam e praticam sexo seguro. OPS: falta só malhar!

3) A alegria também aumenta a capacidade de resistir à dor, graças também à endorfina. Vários estudos já comprovaram isso, veja um exemplo: uma das pesquisas colocou um grupo com as mãos dentro de um balde de água gelada enquanto passava um filme humorístico. Essas pessoas ficavam com as mãos na água mais tempo que outros sem estímulo divertido.

4) De acordo com a consultora americana Cynthia Shapiro, há uma tendência de pessoas otimistas serem mais valorizadas no mercado de trabalho. OPS!!!

O meu dia triste serviu para algumas coisas: dar uma sacudida em uma situação para a qual eu havia me acomodado na minha saúde – e mudar é motivo de alegria, me mostrar quantos amigos otimistas e maravilhosos eu tenho, o que é uma riqueza, lembrar novamente que baita companheiro eu tenho – felicidade na certa, que família linda tenho para me preocupar- felicidade - e como eu amo e sou produtiva no meu trabalho: bingo, sou feliz pra Dedel! E eu gosto de ser assim: feliz! Com direito a altos e baixos, que ninguém é de ferro, mas feliz! No final das contas eu nem sei fazer diferente: ver o lado bom das coisas ruins sempre foi o meu exercício diário, minha escolha. Porque ser triste e pessimista dá mesmo muito trabalho e dor de cabeça (literalmente). Independente do tamanho do desafio que me espera agora (ou da quantidade de comprimidos), estar de bem com o mundo será o melhor remédio para dor e a melhor forma de agradecer a todos que me dão a chance de ser assim. Agora, começar a malhar...separei a roupa. OPS>>>

Fontes: UOL, Revista Motivação, Superinteressante e FSP.