Costumo dizer que o melhor dos meus sentidos é a audição.
Mesmo quando eu não quero ouço os que as pessoas dizem; na fila do
supermercado; três mesas pra frente no restaurante; papo do carro ao lado do
meu (lógico, se estivermos de janelas abertas).
Na semana passada fui com o meu marido ao cinema no shopping
Frei Caneca. Enquanto o aguardava, estava em uma mesinha na praça de
alimentação e (infelizmente) ouvi o papo da mesa de trás, aliás, era IMPOSSÍVEL
não ouvir.
Mas já que contando ninguém acredita, vou reproduzir um
trecho do diálogo de duas meninas de uns vinte e poucos anos:
Moça 1 (diz com voz estridente): Na verdade não é que eu uso
38 é que a calça é de strech...
Moça 2 (voz baixa, diz compreensiva): Ah! Não exagera.
Moça 1 (mais estridente): É verdade! Se eu for comprar reta
reta, a calça pula para 42.
Moça 2 (sem paciência): ahã...(reflete um pouco e diz). Mas
você não tem celulite...
Moça 1 (resignada): Tenho celu na barriga. Não que eu me
importe (?) mas tenho celu na barriga.
Moça 2 (compreensiva): Mas não fique triste...
Moça 1 (defendendo-se): Eu não fico triste, não, isso não me
deixa triste. Só às vezes fico triste.
Toca o telefone
Moça 1: Alô. Vera? Vera, para de chorar... O que? Você não é
gorda. Acredita em mim, se você fosse gorda eu falava. (pausa) Vera você não
tem a teta caída...
Gente; como as pessoas se ocupam com besteira. Aí, graças a
Deus, o Rodrigo voltou e fomos ver um excelente filme.
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